Wrong century, Tomas Kucerovsky
"O que não tem nada a ver é as pessoas partirem do princípio de que eu tenho problemas de baixa auto-estima só por ser gorda. Pode acreditar: MUITA gente é gorda e não se odeia."
Aqui (em inglês).
* * *
Enquanto isso, cada vez mais se fortalece, na sociedade e na academia, o movimento que questiona a identificação automática entre obesidade e doença. E questiona, aliás, os próprios limites que definem obesidade. Não será possível uma pessoa ser mais saudável gorda do que magra? Leia aqui.
E, afinal, o que impediria um surfista de 180 quilos de encarar ondas gigantes?
(E o quanto não haverá de interesse econômico por trás da crescente patrulha demonizadora da obesidade, que chega a beirar o persecutório "ame o pecador, mas odeie o pecado"?)
É essa patrulha do corpo que insiste em enquadrar todo mundo num padrão que não é de ninguém e na verdade deixa todo mundo de fora: gordos e magros, altos e baixos, míopes e vesgos, loiros e morenos, pretos e amarelos, mulheres, crianças e velhos, e LGBTTIs e todas as outras letras, e "deficientes" de todas as cepas. Vamos falar sobre mecanismos de controle e poder, não é? Porque mesmo quem mais se aproxima do "padrão" fica prisioneiro de ter de corresponder a ele.
"Aqui está a chave do bullying: é uma violência contra o corpo fora da norma. Vejam que não falo em normal, pois norma e normal se confundem para a imposição das regras sob o corpo. O corpo que foge da regra – seja nos olhos da menina vesga, nas pernas do menino cadeirante, ou no cabelo da menina negra – é matéria suficiente para ação do indivíduo ou do grupo provocador." (Debora Diniz, aqui)
"O homem é programado, desde pequeno, para que seja agressivo. Raramente a ele é dado o direito que considere normal oferecer carinho e afeto para outro amigo em público. Manifestar seus sentimentos é coisa de mina. Ou, pior, é coisa de bicha. De quem está fora do seu papel. (...) Já passou o momento de sairmos de nossa zona de conforto e começarmos a educar nossos filhos para viverem sem medo. E não para serem inimigos de quem não tem pênis." (Leonardo Sakamoto, aqui)
E, afinal, o que impediria um surfista de 180 quilos de encarar ondas gigantes?
(E o quanto não haverá de interesse econômico por trás da crescente patrulha demonizadora da obesidade, que chega a beirar o persecutório "ame o pecador, mas odeie o pecado"?)
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É essa patrulha do corpo que insiste em enquadrar todo mundo num padrão que não é de ninguém e na verdade deixa todo mundo de fora: gordos e magros, altos e baixos, míopes e vesgos, loiros e morenos, pretos e amarelos, mulheres, crianças e velhos, e LGBTTIs e todas as outras letras, e "deficientes" de todas as cepas. Vamos falar sobre mecanismos de controle e poder, não é? Porque mesmo quem mais se aproxima do "padrão" fica prisioneiro de ter de corresponder a ele.
Leia a entrevista aqui
"Aqui está a chave do bullying: é uma violência contra o corpo fora da norma. Vejam que não falo em normal, pois norma e normal se confundem para a imposição das regras sob o corpo. O corpo que foge da regra – seja nos olhos da menina vesga, nas pernas do menino cadeirante, ou no cabelo da menina negra – é matéria suficiente para ação do indivíduo ou do grupo provocador." (Debora Diniz, aqui)
"O homem é programado, desde pequeno, para que seja agressivo. Raramente a ele é dado o direito que considere normal oferecer carinho e afeto para outro amigo em público. Manifestar seus sentimentos é coisa de mina. Ou, pior, é coisa de bicha. De quem está fora do seu papel. (...) Já passou o momento de sairmos de nossa zona de conforto e começarmos a educar nossos filhos para viverem sem medo. E não para serem inimigos de quem não tem pênis." (Leonardo Sakamoto, aqui)
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