13 de set. de 2012

quem sou eu


Se as suas células são todas renovadas 
pelo menos anualmente, o que te dá a sua identidade ao longo da vida? (vídeo via)

Os oráculos gregos já aconselhavam, centenas de anos antes de Cristo: “Conhece-te a ti mesmo”. Seguidores de filosofias e religiões ou adeptos de práticas como meditação e ioga, por exemplo, sempre correram atrás da autoconsciência, uma entidade abstrata que, há pouco tempo, também começou a despertar o interesse da ciência. Principalmente no campo neurológico, entender o que faz uma pessoa saber que tem uma identidade única pode trazer implicações para pacientes que sofreram danos cerebrais e, com isso, perderam a memória ou o autocontrole.

Um estudo publicado na revista científica Plos ONE indica que esse fenômeno está relacionado a diversos circuitos neuronais e não pode ser atribuído a regiões específicas. A mente, já descobriram os pesquisadores, não é um conceito abstrato, mas um processo fisiológico. Ainda assim, bem mais complexo do que se imaginava, difundindo-se por todo o cérebro, em vez de se concentrar em algumas poucas localidades, como proposto por outros estudos.

(...)

De acordo com Henrik Ehrsson, pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Cérebro, Corpo e Autopercepção do Instituto Karolinska, na Suécia, novas pesquisas que investiguem a autoconsciência são muito bem-vindas, pois a compreensão do fenômeno tem importantes implicações clínicas. (...)

O homem não é o único animal autoconsciente. Estudos com outros primatas, elefantes e golfinhos mostraram que eles também conseguem se reconhecer no espelho, o mais forte indício de que um ser é capaz de compreender sua identidade e diferenciá-la da dos demais. Porém, no mês passado, sites e blogs anunciaram uma novidade, no mínimo, perturbadora: um robô humanoide teria conseguido reconhecer o próprio reflexo, afirmando: “Ei, sou eu!”.

(...)

Apesar de o feito realmente ser memorável no campo da inteligência artificial, isso não significa, porém, que o robô seja autoconsciente como o homem e outros animais. O que Hart e Scasselati conseguiram foi, por meio de um software de reconhecimento espacial, fazer com que o robô determinasse a localização de seu braço (interpretado pelo androide como um objeto), que estava refletido em um espelho. Já a fala de Nico, aparentemente muito satisfeito por se ver refletido, foi apenas a consequência de um comando programado.

(Na íntegra aqui)

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